Sobreviver em um cenário de crise econômica requer chamar para si as responsabilidades e tomar a frente nas mudanças, segundo Alexandre Slivnik, consultor e palestrante especializado em treinamentos do modelo Disney de excelência.
"Há duas opções para os donos de empresa: apontar culpados e esperar um pacote de medidas eficaz do governo que não virá. Ou mudar, reciclar, reinventar-se, rever planos e metas para sobreviver em 2016."
De acordo com ele, muitos empresários sabem o que precisam fazer, mas não fazem. "Não importa quanto saibam os seus objetivos, nada vai acontecer se não partir exatamente para a ação na busca da excelência ou de uma solução."
A seguir, veja quatro dicas de sobrevivência na crise para empresas, segundo o consultor:
1. Analise comportamentos de mercado
Para Slivnik, acompanhar e analisar comportamento dos concorrentes e consumidores é vital. "Faça uma análise geral sobre a situação da empresa, veja como o mercado e o consumidor estão se comportando frente ao seu produto. Com essas informações em mãos, é possível se antecipar a períodos de instabilidade."
2. Trace metas de prazos menores
O consultor recomenda definir metas para 90 dias. "Assim, é possível mensurar e fazer um melhor acompanhamento, corrigindo também possíveis erros. Considere nesse processo gestor, colaboradores, pares, fornecedores e clientes. Uma meta influencia outras ações, comportamentos e contexto. Desenvolver a visão sistêmica da sua influência torna o processo sustentável."
3. Crie conexão emocional com o cliente
"Surpreenda seus clientes, entenda suas necessidades, crie uma conexão emocional com eles", afirma o consultor. Segundo ele, isso só é possível com treinamento dos funcionários para que vistam a camisa da empresa. "Não precisa investir muito, basta tentar prever os problemas e solucioná-los antes que aconteçam e, muito importante, é necessário ter sempre atitudes positivas."
4. Tenha uma missão
"Uma organização com missão definida, que cria processos condizentes com ela, ganha credibilidade com o seu time", afirma. Segundo Slivnik, assim, terá mais do que um discurso, mas ações reais. "Com isso, a empresa será respeitada não só pelos clientes internos, como também pelos externos."