Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e SPC Brasil mostra que 77% dos entrevistados defendem mudanças no sistema tributário brasileiro.
A maioria, portanto, acredita ser necessária uma revisão das taxações.
As motivações incluem tornar o pagamento de impostos mais justo (30%), reduzir a desigualdade social (28%) e gerar mais empregos (26%).
Apenas 5% dos entrevistados acreditam não haver necessidade de uma reforma nas tributações.
De acordo com Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil, da mesma forma como vem ocorrendo com a reforma da Previdência, as possíveis alterações na legislação tributária ainda serão tema de longos debates no Congresso.
"Mas algo precisa ser feito a fim de tornar a arrecadação de impostos mais justa e, principalmente, eficiente no Brasil, reduzindo a burocratização e favorecendo tanto a União quanto o empresariado e o cidadão comum", disse Pellizzaro Junior.
Ainda que haja alterações na proposta, as mudanças consideradas mais necessárias são a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha menos (44%), a simplificação do sistema tributário (41%), o impedimento da múltipla taxação de bens e serviços (41%) e a retirada da tributação do INSS paga sobre a folha de pagamento para todos os setores das empresas, sendo mantido apenas o imposto de renda (22%).
Quanto à possibilidade de aprovação da reforma, os entrevistados estão divididos: 33% acreditam que a medida será aprovada ainda este ano, enquanto 34% afirmam o contrário e 33% não sabem dizer.